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Inverno exige cuidado redobrado com a pele

Os cuidados com a pele no inverno devem ser redobrados para não gerar futuros machucados e manchas permanentes

Com a baixa temperatura e a pouca umidade do ar, a pele acaba sofrendo muito com ressecamentos constantes. Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), o ideal é que a umidade do ar mantenha-se em torno de 60%, o que não acontece no inverno. Por isso, na baixa estação, a pele perde a capacidade de hidratação espontânea, o que resulta em uma pele ressecada, com áreas de descamação e “coceiras”.

 

O inverno é considerado o melhor período do ano para se realizar uma cirurgia plástica. Por isso, o número de procedimento aumenta em até 50% na época mais fria do ano. Tratamentos como o laser, peelings, preenchimentos, cirurgias plásticas são muito recomendados, as razões para isso são variadas. Como por exemplo: O clima frio favorece o pós-operatório, pois o inchaço decorrente da cirurgia é menor, o que, consequentemente, torna a recuperação mais rápida e a dor menor. Isso ocorre pois o inchaço é menor no inverno,  em comparação às altas temperaturas que favorecem a dilatação dos vasos sanguíneos e a retenção de líquido, que provocam o inchaço. Logo, com baixas temperaturas, menos inchaço.

 

Além disso, o procedimentos como a lipoaspiração e a abdominoplastia exigem o uso das cintas pós-cirúrgicas para ajudar na recuperação dos tecidos, entre outros fatores. No inverno, a cinta incomoda menos e fica mais discreta. No entanto, o principal motivo para o aumento das cirurgias plásticas está ligado ao verão. A recuperação antes da chegada da estação mais quente do ano é a melhor vantagem para se submeter à cirurgia no inverno. Como, em média, o tempo de recuperação gira em torno de três meses, a cirurgia plástica no inverno ajuda o corpo a estar preparado para estação do calor e permite que o paciente se acostume com o resultado.

 

Uma outra dica importante é o aumento no consumo de líquidos, para 2,5 litros, por dia. Entre eles, água, sucos e chás, além do acréscimo de frutas no cardápio diário, para compensar esta maior desidratação, pois possuem grande concentração de água e de substâncias anti-oxidantes como betacaroteno, licopeno, luteína e vitaminas C e E.

 

Os cremes corporais, que possuem maior capacidade hidratante, também são  essenciais. Aqueles que contém substâncias como o lactato de amônio ou uréia, algum óleo vegetal, como rosa mosqueta, sementes de uva e macadâmia, anti-oxidantes e protetor da pele, são recomendados para os casos em que o grau de desidratação é maior e a utilização de substâncias humectantes e oclusivas é indicada, para a formação de um “filme protetor” na pele.

 

É importante ser exigente com a fotoproteção mesmo nos dias frios. A orientação é que o filtro solar seja utilizado em todas as áreas expostas (face, colo, mãos, braços), com um fator acima de 20. Além, de ser saudável evitar a exposição, entre às 10h e 17h. Outros cuidados são essenciais como o uso de um sabonete hidratante no banho e, se possível, apenas nas áreas íntimas e axilas; tomar banho com água morna – quanto mais quente, mais aumenta o ressecamento da pele; permanecer no máximo cinco minutos no banho e apenas um banho por dia; utilizar aparelhos umidificadores de ambiente; evitar a coçadura, pois aumenta a chance de infecções da pele”, explica a especialista em dermatologia, medicina estética e tricologia, Dra. Cristiane Braga.

 

Vale lembrar que o ressecamento por conta da baixa umidade do ar, além de provocar um aspecto esteticamente desagradável à pele, resulta na piora de dermatites e a coceira gerada pelo ressecamento. Essa coceira resulta em lesões diversas, que podem evoluir posteriormente para manchas. Além disso, a probabilidade de infecções cutâneas aumentam quando a pele está ressecada e desidratada, que quando somarmos os efeitos do excesso de poluição ambiental, provocam a degeneração das fibras de colágeno e elastina, causando a flacidez.

 

Normalmente, a pele da face acaba sendo mais exposta do que a pele do corpo e por isso é mais suscetível ao ressecamento e descamação. Neste caso, o mais indicado é o uso de ácidos em concentrações maiores, pois diminui as manchas rapidamente. Porém, é preciso cuidado para evitar um ressecamento excessivo, tornando a pele mais frágil.

 

Cristiane Braga Lopes Kanashiro

É Médica especialista em Dermatologia, Médica Nutróloga pela ABRAN, Sócia da ABRAN (Associação Brasileira de Nutrologia), Sócia da SBME(Sociedade Brasileira de Medicina Estética), Sócia da SOBRAE (Sociedade Brasileira para Estudos do Envelhecimento) e Sócia da SBC (Sociedade Brasileira do Cabelo). 

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